sábado, 31 de janeiro de 2015

Um pouco de calma, de tempo livre e de prazer... Por favor.

Aqui estou deitada, totalmente para poucos amigos, amores e conhecimento externo. Estou um porre de tão chata, querendo que adivinhem meus quereres que nem eu sei quais são.

Já até quis fazer poesia com meu humor ruim, mas depois de pensar: levante a minha saia ou saia de mim. Vi que até meu lado escritora foi água a baixo por hoje, e cá estou na escassez de palavras.

Nem sei qual afago acalmaria, qual esperança renovaria, qual restaurante inspiraria, qual boteco me tiraria essa cara de quem caiu da mudança e assim colocaria um sorriso mesmo que frouxo na cara.

O que eu sei, é que eu preciso de uma xícara de café. De um copo de cerveja. De algo para beber. Acompanhado de sorriso sacana. Olhar sacana. E um gelinho na espinha e no estômago. Aqueles de vontade. De coragem. De medo. Ou de raiva.

Preciso de uma camiseta sua vestida em mim. Depois de despir o que antes eu vestia, despir com ímpeto, intimidade, risada e encaixe.

É exatamente isso que eu preciso.

Sei que não é afago que me acalma. Nem essa balela de dias melhores. De comida boa. De decoração fofinha. E de tudo que a gente tem que mostrar. Não é nada disso que acalma. O que acalma é deitar, levantar, rolar e esquecer de todas essas neuras sociais de que temos que ser alguém. Ser alguém. Ha! O que acalma é o que esconde.

Sei que o que melhora essa chatice, e é um urro abafado, contido querendo mais. É um aperto estratégico. É o relaxamento total. É o estremecimento inteiro. É ter liberdade de brincar com outro corpo, enquanto o outro corpo se diverte com o meu. É deixar a mão, a boca e o corpo acompanhar o que as palavras dizem, ou o que elas gostariam de dizer. É se imaginar naquela cena de cigarro pós sexo.  Eu não fumo, mas confesso achar sexy.

O que acalma essa neura de que eu tenho que ser alguém. Ser alguém. (Alguém quem?) É esse poder ser o que eu sou em essência, de momento, de agora, sem quereres, sem promessas e sem depois.

Só sorriso, sacanagem, cumplicidade, respeito ao desejo próprio, do outro e assim... entrega. Entrega boa, dessas que você já imaginou lendo isso aqui. Ah, eu me conheço bem... o que me acalma é o que me descontrola. E junto com o café, não me faria mal um pouquinho de você!

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