quarta-feira, 21 de novembro de 2012

"Eu não sei na verdade quem eu sou (8"


Cheguei num ponto que não sei onde começa minha mentira e onde termina minha vida.
Não sei qual dos infinitos lados de mim é de verdade.
Não sei mais o que faço por obrigação, o que faço por vontade.
O que faço por futuro, se faço por prazer, se faço por maldade.

Não sei mais quem eu amo. Eu sei bem quem eu amo.
Não sei mais se quero o que sonho ou o que decidiram sonhar para mim.

Seria a felicidade assim tão predestinada? Tão absoluta?
Tão um caminho só?

Seria felicidade emoção? Seria felicidade calmaria?
Sonhar virou utopia, ilusão, desilusão.

Cheguei num ponto que não sei mais se sonho ou se faço.
Se escondo ou se mostro.
Se é melhor sorrir ou chorar.
Cheguei num ponto que não sei mais quem sou eu.
Se é doçura ou luxúria. Se é desejo, se perturba.
Se vivo. Se morro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O que poderia ser...


Eu, você... a impossíbilidade ou não querer?
Gostaria de saber quem inventou essas coisas de relações casuais.
Ou gostaria de saber quando eu inventei adotar esse tipo de situação para mim.
Quando foi que eu resolvi ter coisas impossíveis?
Uma pessoa na cama, ofegante, para sorrir, sem roupa...
Quando o que quero são cobertores, beijos, calma e colo.
Aceitar alguém pela metade, quando se quer por inteiro.

Gostaria de me lembrar quando comecei...
Quando é que eu achava que te ter assim seria melhor para mim, aceitar... Logo eu, aceitar...
E aqui fico eu, minhas responsabilidades, pendencias e você do jeito que eu não quis.
E aqui fico eu, minhas responsabilidades, pendencias e as lembranças de você, de um jeito que eu não quero.

Eu nem sei se você é o que eu quero... Mas como pode não ser?
É qualquer lugar, qualquer dia, qualquer hora. É o que eu quero.
Eu não sei o que você quer. Eu sei o que você mostra...E se assim é, não pode ser você...
Não é possível que você me queira igual.

Mas esse tipo de relação, não aceita esse tipo de questão.
Uma pessoa na cama, ofegante, para sorrir, sem roupa...  e tchau, não tem tempo para me amar.

Parte de mim acha que se você realmente estivesse disposto, TUDO estaria resolvido...
Sem problemas, dores... Minhas pendencias estariam concluidas. Pronta para você... Sorriso e peito aberto, sem problemas.
Mas quem garente que o que tivemos não era o que realmente interessava?

Aliás, o que te interessava?

Aqui fico eu, com as lembranças, a saudade e as questões não resolvidas.
Aqui fico eu, me perguntando se eu que quis demais ou se o covarde foi você.