terça-feira, 11 de novembro de 2014

Meu presente do laço azul.

Ele me presenteou com um boa noite e com meia dúzia de palavras adocicadas. Ele também me presenteou com sua presença inesperada e com um "Nossa, como eu gostaria de te beijar"... Ele nunca me deu flores, bombons ou nada que envolvessem cifrões; mas ele me deu sorrisos, abraços e um "por que você não mora mais pertinho de mim?"

Talvez ele nem saiba que tenha encontrado alguém que conta sentimentos como presente, atos como dádiva e coisas como coisas. Talvez ele nem saiba que imaginar o sorriso dele é melhor que imaginar o Caribe (isso é mentira pois eu não imagino o Caribe mas é verdade pois imagino o sorriso dele).

Ele me presenteou com a esperança que havia perdido e constantemente perco nas minhas escolhas... Ele me presenteia resgatando o que resta de mim em mim. Ele me desarma. Ele me presenteia com paradoxos e confusão. Com sexo, desejo e ternura.

Eu até gostaria de devolvê-lo ao fabricante, não gasta-lo com mal uso, distribuir a crianças mais necessitadas do que eu... Mas se presente só se aceita e não devolve: VEM!

Algo sobre alguma novela mexicana...

Ele falou algo sobre novela mexicana, sonhos e resoluções ruins. Disse também que não poderia me obrigar a optar por ele e que gostaria de me levar para casa... Eu sabia o caminho, não deixei... mesmo querendo deixar.
Ele também disse que queria me beijar... e beijou.
Também disse que não queria sair da minha vida... mas saiu.
Ele deve ter dito muitas coisas das quais não me lembro.

Sou uma descrente de palavras. Acredito na beleza e na força delas mas não nos termos de contrato encontrado nas entrelinhas dos maus interpretadores. Acredito nas palavras como acredito num espirro intenso e involuntário... Incontrolável, gostoso e passageiro.

E sendo assim... embora de verdade eu quis ter lhe levado para a primeira capela, feito a "breguice" de me "aliançar" com testemunhas, convidados, fotos, champagne e bem casado, ahhhh... eu bem sabia que você não sabia o que dizia... aliás, assim prefiro acreditar. Melhor do que ter deixado ir quem eu realmente queria deixar ficar.

Tudo que eu queria dizer era: Só continue falando sobre novela mexicana, sonhos e resoluções ruins, diga que vai me beijar...e beije. Diga que vai me levar e leve.

E então perceber: Amanheceu.