sábado, 21 de dezembro de 2013

Quem poderá me definir? Ele?! ... Não contavam com nenhuma astúcia!

Ele me disse que não entendia o que eu dizia. Logo ele, que me conhece tão bem. Logo ele, que deveria saber tudo sobre mim... Me pareceu confuso, me entristeci, me decepcionei.

Logo eu tão confusa porém expressiva, imaginava que alguém de fora conseguisse entender minha roda gigante, o gira-gira de emoções, imaginei que fora do foco que faço e dos alardes sentimentais vividos tão vívidos em minha mente, me entender fosse a coisa mais simples do mundo. O que eu quero é muito simples, o que eu sinto é que não consigo explicar.

Mas tudo o que ele me disse foi que não entendia o que eu dizia, que não sabia o que eu queria, que viver era tão fácil, que eu estava complicando... Que os planos estavam definidos. Me perguntei, se logo eu que mal, mal falo inglês "Joel Santana" teria aprendido um novo dialeto e aquele em minha frente não ouvia minhas frases repetidas cheias de vontade de impacto e apelo, que eu queria mudar, que não tinha nada definido, que eu queria mais.

Depois de mais explicações do que eu queria, ele me definiu, me explicou... numa visão altamente adocicada ele definiu uma menina que já fui, uma menina que desconheço... Depois da minha confusão, ele que disse que não entendia o que eu dizia, que deveria me conhecer bem e saber tudo sobre mim, me pareceu cheio de certezas e definiu uma mulher que eu adoraria ser ou voltar a ser. Ele acredita mesmo que eu sou ela e não acompanhou a mudança, me pergunto quando vou entregar o documento: essa menina não existe mais. Morreu, partiu, escafedeu-se. Senti o impacto do carrinho de bate-bate.

Senti pena dele. Senti pena de mim.
Um cheio de certezas antigas. Uma cheia de dúvidas futurísticas.
Os dois errados.

Quem poderá prever a mudança? Não contavam com nenhuma astúcia.

Romântica barata.

Mulher romântica é mais fácil do que puta barata. Nada de notas altas ou baixas, nada de moedas, cartão, ticket refeição, crédito de bilhete único, nada de cifrão. Meia dúzia de palavras ou frases tão "baratamente" doces , levam. Tudo consegue quando consegue o coração.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Em briga de marido e mulher não se mete a colher / Obs: Lembrar de manter uma mulher independente.

Eu daria um conselho à você. Eu daria um conselho à ela. Mas dizem por ai que em briga de marido e mulher não se mete a colher... e eu não meto colher.

Se caso eu fosse dar conselhos amorosos para qualquer pessoa não haveriam mais casais no mundo. O conselho maior para se manter um relacionamento é: releva. E relevar é chato pra caramba. É desgastante, degradante, humilhante, anulador... Eu sempre digo: Vê se aguenta, se não, separa. Mas sei que na prática a teoria é outra, sei bem.

Mas ainda assim, com toda essa minha praticidade, não daria esse conselho à vocês.
Cara, à ela eu só diria para viver. Dizer que mulher por mais carente que seja se vira só, ainda mais essas mulheres, mulherões... Essas que não devem pegar pra criar, que conseguem viver a vida e só precisam de companhia para dar risada e levar a vida com amor. Você sabe cara, ela é dessas... Ela não precisa de você e isso te deixa pra baixo, homem tem essa mania de precisar se sentir macho, e o fato de ela conseguir ser mais macho que muito homem te assusta cara, eu sei. Te atrai também. Homem que pega mulher independente nunca mais deveria querer outra coisa. Ele vai curtir uma retrucada, uma imposição... Ele não está com uma boneca inflável, com madre, com santa. E você sente falta, cara. Você não diz mas você mostra. Fica perdidinho sem uma mulher dessas pra te guiar. Essa mulher que você sabe, desperta os marmanjos e desperta medo, você não pode vacilar.

E o pior para você é que misturado com essa força toda ela é manteiga derretida. Ela é dessas cheirosas, que chora em filme de comédia romântica e fica bonita quando acorda fazendo um coque meio solto. Ela te desmonta cara. E você não consegue entender como mesmo de moletom ela consegue se mais gata, gostosa e sexy do que todas as "Barbies" que desmontam na água que você encontra as dúzias pelos finais de semana que sempre acabam no domingo chuvoso e você pensando naquela, naquela que fica bonita sentindo ciúme e cuidando de você mesmo com rímel borrado depois de uma briga feia. Ela é mulher cara, mais mulher que muitas e muitas vezes mais homem que você. E eu não consigo achar defeito nela.

Se eu fosse meter a colher a gente sabe, eu diria o óbvio: separa. Não sabe brincar não desce pro Play. O problema é que ela te guia, gato... E antes que ela se encontre percebendo que não precisa de você eu só digo à todos os caras: nunca deixem essas independentes escapar. Gata sabe se virar, geme e não volta.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Virgula,

E que tudo seja virgula, reticências, dois pontos, ponto e virgula, interrogação, exclamação, travessão; que tenha aspas, asteriscos, hashtags, arrobas, underlines...  E que tudo seja pontuado... Aguento quase tudo a qualquer ponto, de ponto a ponto... Tudo. Menos o ponto final.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Amigos? Não!


Eu não quero sua amizade.
E não é por causa do seu jeito certinho, controlador, fofinho que seja a ser nojento de tanto procurar defeito nos outros.

Eu não quero sua amizade.
E não é porque você é bipolar, porque você não liga ou finge não ligar para mim...
Não é porque tenho a sensação de que não te conheço ou de que conheço demais.
Não é porque você é chato, tem até o riso certo, cabelo certo, cheiro certo.
Tudo exatamente cronometrado para viver.

Eu não quero sua amizade.
E não é porque me parece que você tem medo de assumir, de encarar, de enfrentar a vida.
Não é porque a sua zona de conforto me ignora. Não é porque eu choro por você.

Eu não quero sua amizade por que eu não sei ser sua amiga. Por que seu cheiro é perfeito, sua risada, seu abraço, seu apego,
essa novela mexicana... Por que quando você está por perto os problemas vão embora, tudo parece tão certo, exato... como você.
Eu não quero sua amizade por que eu não quero que você seja feliz se não for comigo. Por que eu não sei torcer para que você encontre namorada.
Por que eu não sei ser adulta e separar as coisas, te sorrir, perguntar se está tudo bem e não falar mais nada... Sem tremer, sem gelar, sem querer mais.
Eu não sei me aproximar sem te tocar, sem te sentir, sem te querer.
Eu não sei torcer para que seu domingo seja ensolarado, que sua vida seja de comercial de margarina.
E merecemos o melhor. Eu mereço, você merece.
Eu não quero sua amizade.

Eu não quero ser sua amiga e não é porque eu não te quero por perto, não é porque eu não te ame o suficiente. É por que eu quero mais.



  "E tenho ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto. 
Se não era amor, Lopes, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo. Eu bati a 200Km/h e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência? 
Eu nunca amei aquele cara, Lopes. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travessos. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor."

Martha Medeiros

terça-feira, 12 de março de 2013

Eu que não quero você.

Eu que não quero você não consigo parar de pensar em como seria...

Eu que não paro de desdenhar o sentimento e me desfazer da sua falta de visão de futuro não paro de querer te ver.

Eu que não falo do desejo... Desejo de dia, de tarde, de noite, em sonho dormindo, em sonho acordada.

Eu que acho que você não tem esforço, não cresce, não sai da barra da saia da mãe... Imagino você cuidando de mim doente, dando beijo de boa noite, dando abraço de bom dia, mensagem no meio da tarde...

Eu que digo que você não presta pra nada acredito imensamente que você presta perfeitamente para mim... A forma quando você chega, como você abraça, como você me pega, como você se encaixa...

Eu que vejo um garoto, um idiota, um menino... Eu que não quero você... Vejo um homem ao meu lado. Um homem que sorri pra mim. Um homem que diz que não me quer também, mas que os olhos, o corpo e a boca não me deixam mentir...

Um garoto que não cresceu perto de mim vira um homem que deveria ser.
Eu que digo que não quero quem você diz ser. Penso que quero quem você realmente é.